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CMDB: saiba como transformar dados em resultados

Atualmente diversas empresas buscam estruturar, organizar e transformar os dados em informações relevantes para a tomada de decisão. E para alcançar os resultados desejados a partir desses dados, entender o que é CMDB Configuration Management Database – pode ser um grande aliado para o seu negócio.

O CMDB é um repositório com informações referente à infraestrutura, às aplicações, aos sistemas e ao negócio das empresas. Basicamente, é um banco de dados que engloba todas as informações relevantes sobre os componentes do sistema de informação usado em serviços de TI e as relações entre eles.

Até aqui parece um ótimo serviço para o seu negócio, né? Porém implementá-lo é apenas o primeiro passo, uma vez que é preciso atualizá-lo sempre. Para entender um pouco mais sobre o que é CMDB, conversamos com Wenderson Silva, especialista em TI. Confira!

1 – Começando pelo básico, o CMDB é um mal necessário? Qual a importância dele para as organizações?

Wenderson Silva – CMDB não é um mal necessário, ele só é necessário mesmo. Depois de muitos anos ajudando as empresas a construírem o CMDB, seguindo e adaptando conforme os mais diferentes níveis de maturidade das empresas, afirmo que ter e manter um CMDB tem ajudado na redução em média 40% a 60% os custos das empresas com compras e manutenção dos Itens de configurações (ativos) sejam licenças, materiais, hardwares e etc. Entendo que qualquer organização precisa dar importância para um CMDB bem construído e atualizado, de fato quem é que não quer economizar e até mesmo evitar um gasto desnecessário? Não é mesmo.

2 – Quais são os principais desafios para implementá-lo?

Wenderson Silva – Como em todo bom projeto, a implementação do CMDB tem seus desafios. Acredito que em 90% das organizações que estão predispostas a implementar um CMDB é entender onde eles estão e onde querem chegar com um CMDB. Então, o primeiro desafio é saber se de algum modo a organização já tem uma planilha ou um sistema que controle as aquisições dos itens de configurações (ativos), no geral a contabilidade tem esse controle. Em segundo, é saber o que de fato a organização quer controlar e quais detalhes realmente precisam ser controlados de cada item de configuração. Terceiro, definir a ferramenta onde será construído o CMDB, existe inúmeras e cada uma delas tem os prós e contras. E por último, definir tudo no papel antes de começar de fato a construir usando a ferramenta definida. Há outros desafios que irão ser diferentes para cada nível de implementação, mas começaria por esses quatros grandes desafios.

3 - O CMDB é somente um projeto de TI? Caso não, quais áreas são envolvidas no processo?

Wenderson Silva – Eu diria que o CMDB é um patrimônio da organização como um todo. Alguns anos atrás eu criei um CMDB para a área de manutenção de veículos de grande porte para uma Mineradora Canadense que estava alocada no Suriname. Dependendo do que se espera de um CMDB, acredito que todas as áreas da organização devem ser envolvidas nos processos, e a criação dos processos envolvendo outras áreas da organização é quase que obrigatória.

4 - Como manter um CMDB depois de implementado? Quais ações são necessárias para evitar a baixa adesão da organização?

Wenderson Silva – Esse é, talvez, o maior desafio do CMDB, a manutenção dele. Manter o CMDB atualizado é uma das tarefas mais árduas que tem depois de implementado. Já vi muitos simplesmente serem deixados de lado e até mesmo desativados por conta da má reputação das informações desatualizadas. Na fase inicial do projeto, onde estão sendo definidos quais os itens e atributos (detalhes dos itens) que farão parte do CMDB, já deve se pensar o quão fácil ou o quão difícil será obter as atualizações dos atributos e como é o processo de inclusão e exclusão dos itens do CMDB. Se nesta fase forem observados esses detalhes, acredito que tornará a vida do CMDB mais longa dentro da organização. A criação de processos para ajudar neste trabalho sempre é bem vinda, dado os devidos cuidados para não tornar burocrático demais ou sobrecarregar as áreas que já estão com excesso de carga. Processos simples, inteligentes, que fazem sentido para as áreas aumentam o tempo de vida e a qualidade do CMDB o que por sua vez, aumenta a adesão do mesmo.

5 - Como um todo, quais são os benefícios para a área de TI e companhia?

Wenderson Silva – Eu diria que o principal beneficiado é o CEO da organização, pois terá informações precisas que ajudarão ele nas tomadas de decisão para investimentos, aquisições ou até mesmo diluição do patrimônio. Diria que dependendo do projeto de CMDB, podemos obter informações atualizadas de quantos investimos em aquisições de patrimônio (CAPEX), a sua respectiva depreciação, os custos operacionais para manter esse patrimônio (OPEX), fora a quantidade de itens por categoria, marca, modelo, cor, tamanho, uso, rateio, impacto em mudanças, movimentações e etc. Para a área de TI especificamente, vai ajudar a área a controlar as mudanças (GMUD) e os respectivos impactos, diria que ainda vai facilitar a vida do CIO com as informações dos contratos e prestações de serviços por terceiros, o encadeamento dos Itens de configuração e etc. Com um CMDB bem construído e com processos simples que o ajudarão a ser mantido bem atualizado, todos ganham, reduzindo custos, reduzindo impactos (downtimes) e dá foco no que é necessário para que haja investimentos corretos.

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