O que é Design Sprint: aplicando a metodologia em 5 passos
Criada pelo Google Ventures – departamento de investimentos que fornece capital a novas empresas de tecnologia – o Design Sprint é uma metodologia ágil focada em resolver problemas por meio de design, prototipagem e teste de ideias com os clientes.
De forma geral, ele pode ser definido como um processo de, no máximo, 5 dias para resolver desafios, como criar novos produtos ou melhorar já existentes. Ao usá-lo corretamente, é possível reduzir meses de trabalho em poucos dias.
Geralmente um MVP (Mínimo Produto Viável) leva semanas para estar pronto, enquanto o Design Sprint entrega um protótipo de testes em 40 horas! Então por que não aplicá-lo em seus projetos? Esse curto período pode ser determinante para o sucesso da experiência do seu cliente.
Continue lendo o artigo para aprender um pouco mais sobre o conceito na prática, desde as etapas para implementação, adaptação da metodologia e principais diferenças entre ele e o Design Thinking.
Etapas do Design Sprint
Para que o Design Sprint realmente funcione é preciso que a equipe esteja dedicada 5 dias completos para o andamento do processo. Além disso, é recomendado que o espaço tenha quadros brancos e materiais como canetas, post-its de diferentes formatos, folhas A4, entre outros materiais que a equipe definir como necessário.
Para facilitar, tenha um panorama visual das etapas na imagem abaixo e saiba brevemente o que é feito a cada dia. Agora vamos começar!
Dia 01: Definição (Unpack)
No primeiro dia os participantes do Design Sprint se reúnem para mapear os problemas e escolher o mais importante dentre eles para focar seus esforços durante esses 5 dias.
Geralmente é definido um objetivo a longo prazo e em seguida o mapeamento de todos os desafios presentes para alcançá-lo. Logo após essa definição, são chamados especialistas no assunto para compartilharem sua expertise e o que sabem sobre o objetivo definido. Ao final, é preciso que um problema alvo de possível solução seja escolhido.
A equipe é formada por profissionais de diferentes áreas, então certamente o designer terá uma contribuição diferente do programador. Por isso o nome de unpack, o momento de desempacotar as ideias e todos juntos definirem o principal problema a ser resolvido.
Dia 02: Sketch (Divergência)
A partir do problema alvo definido, no dia do Sketch os participantes têm como missão buscar uma solução individualmente para o problema. É como um brainstorming individual!
Esses rabiscos – suposições para solução do problema – são chamados de sketchs. Depois de concluídos, cada membro da equipe compartilha sua própria proposta para serem discutidas entre todos os participantes. Ao final, é feito uma votação e as melhores ideias são levadas para a próxima etapa.
Dia 03: Decide (Decisão)
No dia do Decide, ou melhor, decisão, o objetivo é colocar prioridades em relação às ideias escolhidas. O grupo deve se perguntar: qual dessas ideias têm a melhor chance de atingir a meta a longo prazo? Analise-as minuciosamente e prepare um storyboard: um plano de passo a passo para criação do protótipo.
Para a escolha definitiva é levado em conta detalhes como viabilidade para prototipar e previsão de retorno.
Dia 04: Prototype (Protótipo)
Vamos ver a ideia saindo do papel? Esse dia é o dia mais importante do sprint! Os participantes irão produzir um protótipo, ou seja, uma representação fiel da solução – ideia final que foi definida no dia anterior – para o problema.
O objetivo do protótipo não é terminar o produto, até porque seria impossível fazer isso em um dia. No entanto, ele deve parecer real. Depois de pronto, faça os testes e voler là! Ele já pode para ser testado com o público.
Dia 05: Test (Teste e Validação)
Neste dia os membros da equipe irão finalmente testar a eficácia do produto/serviço criado com os possíveis clientes. Na entrevista o produto é apresentado e a pessoa interage com ele, dando um feedback instantâneo da sua experiência com ele. Lembrando que as entrevistas devem ser individuais!
A partir da reação dos entrevistados, será possível identificar os pontos fortes e as oportunidades de melhoria para que o produto alcance a excelência.
É natural que haja resultados inesperados. Às vezes a solução não agrada o público, mas não desanime! A partir do feedback dos entrevistados, a equipe tem um direcionamento muito mais pontual para aperfeiçoar o produto ou reformular a ideia nas próximas semanas.
Design Sprint 2.0
Vale ressaltar que o Design Sprint ganhou um modelo 2.0, que consiste na redução do processo para quatro dias. Nessa versão, dois sprints são cumpridos por dia em vez de um, tendo já no quarto dia a realização dos testes.
A mudança trouxe uma otimização no tempo dos especialistas envolvidos no processo, já que a redução de horas possibilita um maior aproveitamento nas demais atividades do profissional. Além disso, você precisará somente de 2 dias da agenda daquele sênior quase sempre indisponível! Lembrando que no modelo original são 5 dias.
Veja como o Design Sprint 2.0 funciona na imagem abaixo.
Design Sprint x Design Thinking
Agora que você já sabe o que é Design Sprint e todos os passos que envolvem a aplicação da metodologia, é possível que em algum momento se questione sobre a principal diferença entre ele e o Design Thinking. Então já vamos adiantá-la para você!
Enquanto o Design Sprint oferece um cronograma bem definido com as ferramentas que devem ser usadas, o Design Thinking é uma forma diferente de pensar e resolver problemas. Você pode usá-lo a qualquer momento, sem qualquer restrição de tempo, processo ou metodologia.
Se você já conhece o seu cliente e quer validar uma hipótese, ideia ou até mesmo uma nova funcionalidade, o Design Sprint é a certa para fazer isso acontecer. Caso não conheça o cliente de forma aprofundada – dores e contexto geral – o Design Thinking pode ser a melhor opção para definir, antes de tudo, o escopo do projeto.
Conclusão
Pronto para aplicar o Design Sprint onde trabalha? Os benefícios são evidentes para aqueles que apostam nessa metodologia! É possível economizar tempo, reduzir custos, otimizar decisões com foco em funcionalidades de alto impacto e ainda se desenvolver individualmente.
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