Tudo pode ser contratado como serviço? O Everything as a Service está aí para provar que sim!
Quem conhece um pouco do universo do Cloud Computing já está acostumado com os seguintes termos: Software as a Service, Infrastructure as a Service, Plataform as a Service... dá até a impressão que tudo pode ser “as a service”.
E sim, tudo pode ser “as a service”! Tanto que já existe um termo específico para isso, justamente o Everything as a Service (ou XaaS).
Se você prestar atenção, já estamos num “universo as a service” no nosso dia a dia: O Uber é um carro as a service, o Netflix é uma locadora as a service, o Kindle é uma biblioteca as a service. Estamos nos acostumando a desocupar espaços físicos (como estantes com livros ou DVDs, ou garagens) para assinar um aplicativo que ofereça o mesmo produto num ambiente digital.
Esta é a mesma premissa do as service no mercado de TI: permitir que as empresas consigam desocupar espaços com coisas como arquivos e servidores. O Diretor de Integração de Cloud Híbrida da IBM Brasil, Guilherme Araújo, explicou que por conta da quantidade de dados com que as empresas trabalham hoje, o Everything as a Service não só é possível, como é uma realidade:
“Hoje, com esse volume de dados absurdo e com a capacidade de tomada de decisão que temos em nossas mãos, por conta dos nossos tablets ou dispositivos móveis, os consumidores querem respostas cada vez mais personalizadas e em tempo real. E as empresas precisam estar com suas tecnologias aderentes a isso, gerando valor e trazendo uma experiência diferenciada ao usuário. E a tecnologia precisa acompanhar essa necessidade na mesma velocidade. Cada vez mais a gente vai ver os modelos tradicionais migrando para o modelo as a service, para o modelo de subscrição”.
A IBM é hoje uma das empresas que já disponibilizam ao mercado uma vasta lista de soluções as a service, tal como a Amazon, a SAP, o Google, entre outras. Diante dessa variedade de opções, a empresa que deseja assinar um serviço XaaS precisa saber bem quais são as suas necessidades e qual destes modelos irá atender exatamente ao que ela precisa.
“As necessidades das empresas estão em constante evolução e, por isso, a nuvem é um investimento inteligente. O que precisa ser olhado: Como essas nuvens foram concebidas? Elas têm padrões abertos? Elas têm padrões de gestão em conformidade com níveis de serviço, o famoso SLA? E principalmente é preciso olhar também para segurança, porque hoje dados são realmente algo que está muito inerente a todos, ainda mais agora com a LGPD. Hoje o valor de uma empresa não está mais atrelado aos seus ativos, e sim sua à sua marca, à sua reputação perante eles. Esses são elementos importantes”, afirmou Guilherme.
Outra dúvida que pode surgir ao executivo que está em busca de serviços tem a ver com o budget. Trocar toda a infraestrutura que possui na empresa pela assinatura de um serviço não sai caro? Guilherme garante que não! Para o diretor, esta é a primeira impressão que pode surgir numa primeira análise, porém ele cita que há vários elementos que fazem parte da conta quando você opta pela assinatura ao invés de um modelo tradicional:
“Quando você está tratando tudo como serviço, você está contratando a infraestrutura, a gestão, a segurança. Outra coisa é como você utiliza esse serviço. Se você usar de uma forma desordenada, talvez a conta no final do mês possa ser alta e não necessariamente aquele serviço terá gerado o valor esperado para a empresa. É muito importante uma gestão e governança, não somente em cima dos dados, mas em cima desses modelos do as a service. Uma empresa pode ter vários provedores de serviço e ela tem que fazer uma gestão muito mais controlada para saber quais são os mais eficientes e o que realmente está gerando valor”.
Levando em conta que a empresa está contratando servidores e plataformas como serviço e não estão exigindo coisas como manutenção, então não há mais necessidade de uma equipe de TI, certo? ERRADÍSSIMO! Para o diretor da IBM, agora os profissionais precisam estar totalmente antenados, justamente para atender as novas necessidades que surgem. Mais do que isso, o famoso “cara da TI” torna-se cada vez mais necessário:
“A pessoa de TI não recebe mais o fornecedor para entender da tecnologia, ela recebe o fornecedor para tirar dúvidas que ela não conseguiu descobrir com as informações que tem, para pedir algum tipo de ajuda em algum teste ou até mesmo para poder ouvir uma opinião de um terceiro. A TI passa a ser um provedor e um prestador de serviço para as áreas de negócio, um papel extremamente estratégico. Todos precisam estar nesse mercado, caso contrário podem vir até a desaparecer”, afirma Guilherme.
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